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Resenha: Lola e o Garoto da Casa ao Lado
Depois
de ler Anna e o Beijo Francês –
veja a resenha aqui – e adorar, fiquei com muita vontade de ler outra obra da Stephanie Perkins e não me arrependi da
decisão ao adquirir Lola e o Garoto
da Casa ao Lado. Um livro super leve, fofo e apaixonante.
Dolores
– Lola – Nolan é uma personagem muito original e diferente de muitas que
existem. Foi uma das mais criativas que já vi, pra falar a verdade, e acabou se
tornando uma das minhas favoritas. Ela se recusa a sair de casa do mesmo jeito
todos os dias e, por isso, não pensa duas vezes e abusa de perucas, acessórios
e roupas coloridas – muitas vezes, produzidas com suas próprias mãos -.
Adotada
por um casal homossexual, Lola tem uma vida tranqüila e somente três pedidos:
ir vestida como Maria Antonieta para o baile de inverno – o que mostra sua
ousadia em arriscar nos figurinos -, que seus pais aprovem seu namorado - Max -
alguns anos mais velho e componente de uma banda e, o terceiro deles: nunca
mais dar de cara com os gêmeos Bell, seus ex-vizinhos.
Apesar
da implicância de seus pais diante do fato de que seu namorado pode ser uma má
influência, Lola acredita que o que sente por ele é mais forte e não desiste de
tentar convencê-los a aceitá-lo. Esse parecia ser seu maior desafio, até algo
que temia há algum tempo acontecer: Calliope e Cricket Bell, os gêmeos, voltam
a ser seus vizinhos.
Ficamos
curiosos para saber o motivo desse receio que a personagem principal tem pela
presença dos dois, mas a resposta só é dada um pouco mais frente e eu não quero
contar aqui, então fica mais um gostinho pra vocês lerem!
Algo
muito legal que a autora acrescentou na história foi a presença de Anna e mais
um personagem do livro “Anna e o Beijo Francês” – prefiro não dizer qual é,
pode acabar sendo um spoiler -, o que
é muito divertido, porque ficamos sabendo o que aconteceu com Anna depois da
obra em que ela é a principal. Ver todos juntos deu uma sensação gostosa, já
que é normal sentir falta de alguns personagens após terminar o livro.
Stephanie
acaba tratando de alguns assuntos mais sérios durante a leitura, como o
alcoolismo, uso de drogas e gosto de como ela escolhe falar do homossexualismo
de modo sutil, apesar de não falar do preconceito. Esse acréscimo de assuntos
fez com que eu valorizasse ainda mais o livro, porque mostra um pouco de como é
o mundo à nossa volta e de como precisamos refletir sobre isso, mesmo que esse
não seja o maior objetivo da autora ao escrever.
Lola
é uma garota bem impulsiva e não tem medo do que pensam sobre seu modo de se
vestir, mas não deixa de ser sensível. Ela é encantadora e bastante original,
não me lembro de ter ficado irritada com suas decisões ou seu modo de ser em
momento algum. É claro que, algumas vezes, você quer dar aquele empurrão pra
que ela faça a coisa certa logo, mas percebe que tudo acaba tendo seu tempo.
Calliope
e Cricket são bem diferentes quando se trata de personalidade. Calliope é uma
garota egoísta e me irritou bastante por achar que o mundo gira em torno do seu
umbigo, causando confusões por causa disso e atrapalhando a vida de Lola.
Cricket parece ser um garoto detestável no início, já que não entendemos o
motivo de Lola querer tanta distância, mas depois descobrimos o quão amável e atencioso
ele é.
Os
pais da nossa querida personagem principal são ótimas pessoas. Protetores e
companheiros, fazem o que podem para fazê-la feliz e a aceitam como é, se
divertindo com seu gosto peculiar para o vestuário. Max é carinhoso, mas, em
alguns momentos, parece um pouco frio – faz sentido? -. Ele faz parte de uma
banda, então, muitas vezes, fica difícil encontrar Lola com freqüência. A
autora faz algumas referências musicais nos momentos em que o garoto aparece, o
que me agradou muito, já que as bandas citadas são de bom gosto.
“Amo ver Max no palco. Ele está tocando sua cover
favorita do momento. A primeira vez que ele cantou “I Saw Her Standing There”*
(Well, she was Just seventeen/You know what I mean)**
com um olhar malicioso em minha direção, pensei que eu fosse ter um treco. Eu
era uma dessas garotas. Garotas que tinham canções dedicadas a elas.”
Eu
não gostei muito da capa quando a vi pela primeira vez, porque, normalmente,
não curto muito quando escolhem colocar fotos reais. Mas, depois, percebi que
foi a escolha perfeita, já que a fotografia foi tirada especialmente para a
história. E, então, me peguei olhando a capa diversas vezes durante a leitura
para encontrar as semelhanças. As folhas são amareladas e a edição é muito
bonita e bem editada. Vale a pena!
Achei legal colocar essa foto aqui, porque, depois de tirar, percebi que estava com um lembrete escrito na mão e, no livro, Lola comenta sobre Cricket também ter essa mania.
*"I Saw Her Standing
There" é uma música dos Beatles (♥), muito boa, aliás!
**(Bem, ela só tinha dezessete anos/Você sabe o que
quero dizer)
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